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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Lichia para chapar a barriga

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Se o critério para fazer parte da sua dieta, ainda mais no verão, é não pesar na balança, saiba que essa fruta de origem chinesa é uma das menos calóricas, ainda mais se comparada com outras delícias que aportam nos supermercados nesta época de festas de final de ano.


“A licha tem apenas 6 calorias, o que representa, mais ou menos, 0,3% do que um adulto pode comer ao longo de um dia”, estima a nutricionista Raquel Magalhães, do Hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro. Ou seja, se devorar dez unidades suculentas, só irá gerar energia o suficiente para tostar em uma atividade bem simples, como fazer a cama ou arrumar a mala para um final de semana na praia. Algo assim.


Mas a leveza do fruto não é o único argumento a seu favor na discussão de estratégias antiobesidade. Veja que curioso: um estudo da Universidade de Hokkaido, no Japão, analisou a perda de gordura abdominal em voluntários que receberam extrato de lichia. “Ao fi nal de dez semanas, eles derreteram 15% a mais de gordura na região da barriga do que os participantes tratados com placebo”, explica por e-mail, com exclusividade a SAÚDE!, o médico Jun Nishihira, que conduziu a pesquisa. Ele até revelou sua suspeita: o efeito se deve à cianidina.


A cianidina é um pigmento que tinge a casca de vermelho e, apesar da brancura da polpa, também se faz presente nela, ainda que em quantidades bem menores — mas incrivelmente eficientes na ação sobre as gorduras. “Vale lembrar que não existem alimentos milagrosos para o emagrecimento”, alerta Mirian Martinez, nutricionista do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo, ao ouvir a notícia. “A lichia pode, sim, dar uma força se associada a uma dieta equilibrada e à prática de atividade física para cumprir essa função.” Não adianta se esbaldar com ela e, em seguida, comer um panetone inteiro, por exemplo. Por falar em se esbaldar, Nishihira não determinou ainda a quantidade ideal de frutinhas a ser consumida para perder centímetros na cintura. Então coma à vontade, sem dispensar acompanhamentos saudáveis.


Outro encanto da lichia é ser uma fonte de vitamina C: com apenas seis frutas, você já alcança a recomendação de ingestão diária do nutriente de um jeito doce, doce... “A vitamina estimula o sistema imunológico, aumenta a resistência às infecções, auxilia a cicatrização de feridas, aumenta a absorção do ferro pelo intestino e evita o envelhecimento precoce”, enumera Carla Christimann, nutricionista do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre.


Só que, justamente por ser rica em vitamina C, a frutinha exige alguns cuidados. Quando submetida ao calor ou em contato com a luz, a substância se perde. Por isso, deve ser armazenada em locais frescos e escuros e, de preferência, ser consumida in natura.


Já o mineral que aparece em maior abundância no fruto chinês é o potássio. “Ele atua no equilíbrio da água do organismo, ajuda no armazenamento de proteínas musculares, na função renal, na contração do músculo cardíaco e no relaxamento muscular em geral”, diz Solange Saavedra, gerente técnica do Conselho Regional de Nutrição de São Paulo e Mato Grosso do Sul. O potássio também é conhecido por seu poder anticâimbras e, por isso, pode ser consumido em boas doses por quem pratica atividade física.

9 razões para não se privar de dormir

Quando o computador invadiu os escritórios, no começo da década de 1980, quase todo mundo esperava realizar as tarefas profissionais rapidamente e, então, aproveitar o tempo de sobra para relaxar, ficar com os familiares, visitar os amigos. Mas aconteceu exatamente o contrário. A chegada das máquinas pessoais — e, depois, a popularização da internet — aumentou bastante a carga de trabalho. E os momentos destinados a atividades como ler um romance, ver TV e praticar um esporte invadiram a noite. “Quem saiu perdendo foi o sono, sempre deixado em segundo plano”, observa o pneumologista Geraldo Lorenzi Filho, diretor do Laboratório do Sono do Instituto do Coração de São Paulo. Isso é compreensível, afinal ninguém quer abrir mão das horas de diversão. Mas essa mudança de rotina é uma bomba-relógio para a saúde. “Estudos epidemiológicos provam que quem dorme pouco vive menos”, ressalta Dalva Poyares, neurologista do Instituto do Sono, em São Paulo. Justificativas para isso não faltam — você verá nove delas nas próximas páginas. A boa-nova é que, com certas atitudes (veja quais a partir da página 37), dá para garantir um tempo mínimo embaixo dos lençóis e, assim, aproveitar a vida por anos a fio.

1. ALTERAÇÕES GENÉTICAS

Quem deixa de pregar os olhos para ver aquele filme imperdível noite adentro pode mexer com uma das estruturas mais importantes do corpo: o DNA. “Essa privação aparentemente deixa a molécula mais frágil e suscetível a mutações”, explica a geneticista Camila Guindalini, do Instituto do Sono. E esse é o primeiro passo para o aparecimento de variados problemas, entre eles o câncer. O que mais surpreende os cientistas, entretanto, é que fi car poucas horas na cama altera nossa carga genética. “Restringimos o sono de animais só por quatro dias e percebemos que alguns de seus genes estavam mais ativos”, revela Camila. Os cientistas acreditam que essa seria a conexão entre dormir pouco e o desequilíbrio de várias funções corporais.

2. PROBLEMAS SEXUAIS
 
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A biomédica Monica Andersen, da Universidade Federal de São Paulo, reduziu o horário de descanso de ratos machos por alguns dias. Em seguida, analisou o comportamento dos roedores com suas parceiras. “Apesar de terem desejo, os bichos não conseguiam fazer a penetração”, relata a pesquisadora. Agora, será que essa afirmação também vale para seres humanos? A resposta, infelizmente, é sim. Homens que têm como hábito trocar o travesseiro pela leitura ou por um bate-papo na internet, só para citar exemplos corriqueiros, têm um risco três vezes maior de sofrer com disfunção erétil. “Um dos motivos é a diminuição dos índices de testosterona”, esclarece Monica. “O surpreendente é que as taxas do hormônio sexual masculino só voltam ao normal sete dias após a noite maldormida”, acrescenta.

3. MAIS DOR
Quem consome boa parte do período noturno em claro pode ficar extremamente sensível a toques, esbarrões e qualquer pequeno machucado. Também é comum os notívagos sentirem o corpo todo dolorido, como se tivessem exagerado na academia. “Durante o repouso, o cérebro secreta substâncias como serotonina, dopamina e endorfina”, ensina Páblius Staduto Braga, reumatologista do Hospital Nove de Julho, na capital paulista. “Níveis baixos dessas substâncias relaxantes estão associados a respostas dolorosas”, complementa. O problema é que, às vezes, esse baita incômodo gera insônia, além de prejudicar a qualidade das poucas horas dormidas. “Cria-se um ciclo vicioso difícil de ser quebrado, especialmente em casos de fibromialgia. Aí, muitas vezes temos que lançar mão de medicamentos”, avalia Staduto Braga.

FIBROMIALGIA
Essa doença se caracteriza por dores contínuas e generalizadas. Não se sabe exatamente o que a desencadeia, mas — adivinhe! — um dos possíveis fatores de risco é manter os olhos arregalados quando eles deveriam estar fechados. “Por outro lado, o próprio distúrbio altera o padrão do sono, fazendo com que a pessoa já acorde cansada”, diz Staduto Braga. Sem contar que a fibromialgia facilita o surgimento de transtornos psiquiátricos relacionados a dificuldades para adormecer. Um exemplo é a depressão.

4. ENFRAQUECIMENTO DAS DEFESAS

Uma pesquisa da Universidade de Lübeck, na Alemanha, acompanhou voluntários que se vacinaram contra a hepatite A. Na noite seguinte à injeção, metade deles só foi autorizada a dormir após determinado horário, enquanto o restante poderia adentrar o mundo dos sonhos quando achasse melhor. Resultado: os indivíduos que ficaram menos horas entregues aos lençóis apresentaram uma contagem de anticorpos contra a doença quase duas vezes menor. Em outras palavras, os efeitos benéficos da vacinação podem ser nocauteados pela simples mania de ir para a cama tarde. Verdade seja dita, ainda faltam evidências científicas para sedimentar essa hipótese, principalmente quando falamos de outros males que não a hepatite. Mas já está comprovado que o sistema imunológico precisa de descanso para, quando for ativado, responder às ameaças com eficiência. Há até estudos mostrando o elo entre a privação de sono e uma maior suscetibilidade para resfriados. Em busca de possíveis causas para esse fato, a bióloga Francieli Ruiz da Silva, da Unifesp, realizou uma pesquisa na qual alguns homens foram impedidos de ter uma noite de sono reparadora por quatro dias seguidos. “No final do experimento, eles apresentavam menor quantidade de um anticorpo presente nas mucosas”, revela. “E o pior é que a situação não se normalizou mesmo depois de três dias de sono adequado”, lamenta Francieli. Ao que tudo indica, as defesas do nosso organismo ficam fragilizadas quando trocamos o travesseiro por um livro ou um filme na tevê.

5. ENVELHECIMENTO
 
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Não são só as olheiras que entregam a resistência a dormir um pouco mais cedo. A própria pele dá indicativos de que o sujeito anda passando horas de menos sob o cobertor. “Quem dorme mal compromete os vasos sanguíneos periféricos, que irrigam a epiderme. Isso deixa a face menos rosada”, descreve Dalva Poyares, do Instituto do Sono, da Unifesp. Está aí um dos motivos pelo qual se manter acordado no período noturno parece acrescentar anos de vida a nossa feição. Mas não é só por fora que se envelhece. Em todos os órgãos, as células de quem insiste em postergar o momento de adormecer também ficam idosas rapidamente. Uma das razões reside na melatonina, hormônio indutor da sonolência, que é secretado em grandes quantidades quando não estamos expostos à luz. “Essa substância é um poderosíssimo antioxidante, que combate os radicais livres como poucos”, diz Fernando Louzada, cronobiólogo da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba. Ou seja, se somos iluminados pela tela de um computador quando deveríamos estar no escuro, ela fica em falta no corpo. No final das contas, tudo isso favorece o envelhecimento celular precoce e até tumores.

6. DIFICULDADE PARA SE MANTER EM FORMA

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Na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, cientistas mostraram que uma regra a ser seguida em toda dieta é respeitar o sono. Eles avaliaram dez participantes que remodelaram seu cardápio para emagrecer em dois momentos distintos: um em que podiam descansar por mais de oito horas e outro em que só tinham esse direito por pouco mais de cinco horas. Resultado: nos dois períodos, a perda de peso foi similar, porém no primeiro turno a poda de gordura foi muito superior à do segundo. Para piorar, o apetite de quem dorme menos sempre tende a aumentar. Como que para compensar o cansaço, o organismo alavanca a produção de grelina, um hormônio que dispara a fome, e diminui a de leptina, seu antagonista. Sob esse efeito, o indivíduo se torna um glutão ávido, sobretudo por alimentos altamente calóricos.


7. MUITO AÇÚCAR NO SANGUE
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Ao ler o tópico anterior, você pode chegar à seguinte constatação: se a obesidade é um fator de risco para o diabete, já está clara a relação entre parcos períodos de repouso profundo e a subida das taxas de açúcar na corrente sanguínea. Contudo, esse vínculo não se limita ao fator gordura. “A pessoa que dorme pouco produz mais cortisol. Entre outras coisas, esse hormônio causa resistência à insulina”, elucida o pneumologista Denis Martinez, coordenador do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas em Sono da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. E, quando a insulina não age direito, sobra glicose na circulação. Está criado o cenário para a falência do pâncreas, o aparecimento de males cardiovasculares e de problemas de visão — todos esses percalços são bastante comuns na rotina de muitos diabéticos.

8. AUMENTO DO COLESTEROL

A versão ruim dessa gordura, o LDL, é uma das responsáveis pelo acúmulo de placa nos vasos, o estopim para infartos e derrames. Por isso, os especialistas não cansam de recomendar a prática de exercícios físicos e uma alimentação balanceada. Não à toa. Esse estratagema é certeiro para derrubar os níveis da substância no sangue. Mas, na lista de hábitos com o poder de afundar esses índices, deveria ser incluído outro item: dormir bem. Restringir o tempo dos apagões noturnos eleva a concentração de colesterol, apontam diversas pesquisas. “Em ratos, houve até a diminuição do HDL, o tipo do bem, que limpa as artérias”, afi rma Monica, biomédica da Unifesp. Ainda não se sabe exatamente a razão pela qual esse desequilíbrio ocorre. Atualmente, a principal suspeita recai sobre certos hormônios, em especial o cortisol, mais presente entre os que permanecem acordados madrugada adentro.

9. HIPERTENSÃO
Além de ameaçado pelos níveis de colesterol na estratosfera, o sistema cardiovascular dos que brigam contra o sono está mais sujeito à pressão alta. “Os hormônios do estresse, bastante secretados pelos que dormem pouco, são vasoconstritores”, alerta Geraldo Lorenzi Filho, do Laboratório do Sono do Instituto do Coração. Com isso, o sangue passa a encontrar mais difi culdade para trafegar pelas artérias. E menos tempo gasto sobre o colchão é sinônimo de mais radicais livres passeando pelo organismo. Essas famigeradas partículas, por sua vez, podem mexer com a estrutura dos vasos sanguíneos, contribuindo, e muito, para o surgimento da hipertensão.